O senador Romero Jucá (PMDB-RR) deixa a liderança do governo no Senado nesta terça-feira (13) e será indicado pelo seu partido para assumir a relatoria do Orçamento de 2013. A informação foi confirmada pelo próprio parlamentar em entrevista à imprensa nesta terça-feira (13). Jucá - que também foi líder dos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva - disse que foi comunicado de que deixaria o cargo pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira (12).
- Não tem mistério. O Palácio [do Planalto] se pronuncia hoje e hoje mesmo eu deixo a liderança. A partir de amanhã, o líder é o Eduardo Braga.
Segundo o parlamentar, Dilma informou também que substituiria o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) na liderança do governo na Câmara com o intuito de promover um rodízio no cargo.
- Ela [a presidente Dilma] entendeu que deveria fazer um rodízio e a gente concorda. Na verdade, estamos em um cargo de confiança. Na hora que ela entende que é hora de fazer uma troca, nós vamos fazer essa troca sem dificuldades. Ela não estipulou prazo. Disse apenas que iria fazer o rodízio – explicou o senador.
Mais cedo, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) adiantou que Jucá será indicado para a relatoria do projeto do Orçamento de 2013, cargo da cota do partido como integrante da base do governo.
- Renan [Calheiros] entendeu que é um espaço em que eu poderia colaborar – comentou Jucá.
Questionado sobre a possível indicação do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) para o cargo de líder do governo no Senado, como foi publicado pela imprensa, Jucá afirmou que o amazonense vai contribuir para a defesa dos interesses do governo.
- O senador Eduardo Braga é um senador experiente, já foi governador e também vai trabalhar pela unidade do partido - afirmou Jucá.
Eduardo Braga ainda não confirmou sua indicação e disse que só falará sobre a liderança do governo do Senado após manifestação da presidente Dilma Rousseff.
Questionado sobre uma possível falta de diálogo entre a presidente e a base governista, Eduardo Braga considerou que “a interlocução precisa ser ampliada”.
– Sempre defendi uma interlocução ampliada entre o PMDB e o governo e entre os parlamentares e o governo. Há muito o que dialogar, há muito a construir, mas há uma disposição tanto do governo como do Parlamento no sentido de que haja convergência em torno do Brasil – disse.
O senador Humberto Costa (PT-PE) concorda. Para ele, “em política, conversar nunca é ruim e nunca é demais”.
Na opinião de Humberto Costa, a escolha de Eduardo Braga, se confirmada, dará responsabilidade a “um segmento do PMDB que vinha se consolidando como uma ala rebelde” e fortalecerá a unidade da base governista.
Iara Altafin e Rodrigo Baptista
Agência Senado
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