A greve dos bancários provocou o fechamento de 4.191 agências em 25 Estados e o Distrito Federal, segundo a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), entidade que coordena o Comando Nacional dos Bancários. O número representa 21% das agências que existem em todo o país (20.073).
Apenas os trabalhadores de Roraima não aderiram ao movimento. Uma assembleia, no entanto, está marcada para a noite desta terça-feira, e os bancários daquele Estado podem parar a partir de amanhã.
De acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, houve maior adesão de trabalhadores no primeiro dia da greve, em relação à paralisação do ano passado. Em 2010, os bancários pararam por 15 dias.
"A greve começou mais forte que a do ano passado, uma das maiores que fizemos nos últimos 20 anos, quando fechamos 3.864 unidades no primeiro dia de paralisação", afirmou o sindicalista, que espera que a adesão de trabalhadores cresça ainda mais a partir de amanhã.
Na Grande São Paulo, 16% dos empregados no ramo bancário cruzaram os braços, de acordo com o sindicato dos bancários de São Paulo, Osasco e região.
A estimativa é que 21.100 trabalhadores tenham parado. Com isso, 687 pontos bancários, dos 2.400 centros administrativos e agências, ficaram fechados hoje.
As ações de protesto do sindicato foram concentradas na região central de São Paulo, onde diversas agências não estão funcionando, ou operam com número bastante reduzido de funcionários. Muitos bancos também estão fechados na zona norte da cidade.
Caixas de auto atendimento, operações por telefone e internet, e correspondentes bancários, como casas lotéricas, seguem funcionando normalmente.
Os bancários rejeitaram proposta de reajuste de 8% sobre pisos, salários e participações nos lucros feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Os trabalhadores pedem 12,8%.
Não há previsão de uma nova rodada de negociação entre banqueiros e trabalhadores. A greve dos bancários é por tempo indeterminado.
BANCOS
Segundo a Fenaban, a greve é "infundada", e foi definida em meio às negociações, sem que houvesse uma situação de impasse.
"Nós não interrompemos as negociações e seguimos afirmando que as conversas precisam continuar", diz o diretor de relações do trabalho da Fenaban, Magnus Apostólico. Fonte: UOL
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