O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) registrou a pela passagem do Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado no domingo (20). Ele homenageou os negros brasileiros e apontou o desafio representado pelo racismo, seja ele velado ou não, e a grande dívida social do país com essa população, em grande parte excluída e marginalizada.
-O dado mais dramático traduz a explícita marca de violência contra negros no Brasil. Segundo o IBGE, a cada três assassinatos que ocorrem no país, dois são de negros. Como aspecto positivo, o estudo mostra o aumento do número de brasileiros que se autodeclaram negros ou pardos no Brasil.
Rollemberg salientou que a pesquisa do IBGE revela que 97 milhões de brasileiros são negros ou pardos, chegando, já, à maioria da população. Porém, sua renda mensal média corresponde a 54% da média dos brancos. Da mesma forma, a renda dos negros 10% mais pobres é 57 vezes menor que a dos 10% mais ricos entre os brancos. E observou que, enquanto a população branca tem 5,9% de analfabetos, entre os negros, essa proporção é de 14,4%.
- É indiscutível a influência de políticas afirmativas adotadas pelo país ao longo da última década sobre os indicadores do Censo. Esses dados também demonstram um processo de fortalecimento identitário, sinalizam o princípio de uma mudança sociocultural e a conquista de um espaço de reconhecimento - constatou.
Para o senador, é fundamental o reconhecimento da importância do negro na formação da cultura brasileira, como a expressa na música, em suas diversas expressões como o samba, a Bossa Nova, o forró, o maracatu, o reggae, entre outros gêneros musicais. E também em todos os outros setores. Ele também citou nomes de personalidades famosas como Pelé, Grande Otello, Abdias Nascimento, Milton Santos, Pixinguinha, Cartola, José Antônio da Silva Callado, Moacyr Santos, Ruth de Souza, Dona Ivone Lara, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Jorge Ben Jor, entre cantores, compositores e atores.
- É preciso mostrar a contribuição efetiva dos negros, não apenas para a construção de cultura afrodescendente no país, mas para a formação da cultura brasileira, em sua totalidade. O que seria da economia do país, da cultura brasileira, de nossa música, nossa culinária, nossa dança, nossa arte, nossa ciência, nossos costumes e nossa história se não fossem os negros? - questionou.
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