Os servidores do Judiciário Federal do Rio Grande do Norte decidiram em assembleia, no final da manhã desta sexta-feira (04), entrar em greve a partir da próxima quarta-feira (09). A categoria, que engloba os servidores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e Justiça Federal (JF), reivindica reposição salarial estagnada há cinco anos.
O Plano de cargos e Salários (PCS) da classe faz parte do Projeto de Lei 6613/09 que se encontra na Comissão de Finanças e Tributação [CFT] da Câmara Federal para votação. O PL já esteve na pauta de votação várias vezes, mas foi adiada devido a manobra da bancada governista. A próxima votação deve acontecer justamente na quarta-feira (09) quando a categoria, no Rio Grande do Norte, entra em greve aumentando para 17 o número de estados paralisados.
Atualmente estão em greve os servidores da Bahia, Mato Grosso, São Paulo, Amazonas, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Justiça do Trabalho da 15ª Região, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Piauí, Alagoas, Justiça Federal do Ceará, Justiça do Trabalho de Rondônia e do Acre e Minas Gerais.
Os servidores do TRT e JF do estado, que já estão em estado de greve desde o dia 26 de outubro passado, a partir da próxima semana cruzam os braços, junto com os servidores do TRE, garantindo 30% dos setores essenciais para receber as urgências como garante a lei de greve.
A categoria definiu pela aprovação da greve após uma mobilização ocorrida durante toda manhã desta sexta-feira (04), em frente à sede do TRT 21ª região, onde os servidores receberam a presença de um dos diretores da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União) Marcos Santos. Ele abriu os debates falando sobre a importância destes momentos de mobilizações. “Nenhuma categoria sobrevive sem aumento e já que há cinco anos não temos reajuste a saída é a paralisação. Fazer greve não é bom pra gente, nem para a sociedade, mas é o instrumento de força que temos e não há outra saída”, disse Marcos.
O presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Moacir Soares, que também é Presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, se mostrou favorável a causa do judiciário federal e elogiou a categoria. “A CTB parabeniza a participação dos servidores aqui presentes reivindicando seus direitos. Se unirmos força, os trabalhadores de todo o país, independente da categoria, é o caminho, pois só assim teremos dignidade como profissional”, disse ele.
A mobilização desta manhã na luta pelo PCS teve participação efetiva dos servidores do judiciário federal que mostraram sua indignação em torno da resistência do governo Dilma. “O Rio Grande do Norte vai mostrar que também pode fazer greve. A crise que existe no momento é do Executivo com o Judiciário”, disse o sindicalizado Dennis Eliezer, um dos defensores de uma paralisação como forma de pressão.
Ainda durante a Explanações, o Presidente da Assojaf, Levi Medeiros, mostrou a insatisfação com a situação ao relatar: “Vestimos a camisa de nossa instituição todos os dias, mas devido a incoerência do governo federal eu vou tirar a camisa do meu trabalho e vestir a do movimento de luta em prol da reposição salarial”, enfatizou.
O servidor Deodoro Silva de Araújo, lotado na 6ª vara do TRT, resumiu o sentimento da classe “Eu vou parar e convencer meus outros colegas também. Quem sente no bolso os anos sem reposição somos nós no final de cada mês.”
Contato para entrevista
Coordenadores Gerais do Sintrajurn
Clayton Araújo - 9989-4908
Janilson Sales - 9998-8993 / 9925-5910
Assessoria de Imprensa
Leane Fonseca
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