O senador Humberto Costa (PT-BA) defendeu, em discurso nesta terça-feira (7), a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos, ao comentar a greve dos policiais militares da Bahia, que utilizaram armas e assustaram a população durante suas manifestações.
Humberto Costa considera justa a demanda dos policiais da Bahia por melhores salários, afirmando que eles precisam ganhar salários compatíveis com o risco que enfrentam, mas observou que o processo de negociação deve se dar por meio do diálogo, e não de pressão armada.
- É preciso regulamentar a greve no serviço público. Greve com arma não é greve, é rebelião, é motim - declarou.
Humberto Costa também afirmou que a aprovação de anistia aos grevistas que pegaram em armas, assustando a população e provocando a depredação de bens públicos é inadmissível, e já adiantou não votará favoravelmente a tal proposta caso ela seja apresentada. Ele frisou que os policiais devem assumir a responsabilidade pelos seus atos.
- Não é possível tolerar que agentes da ordem peguem em armas para ameaçar a população, isso é vandalismo, intolerável no regime democrático - disse ainda.
Na opinião do parlamentar, o movimento na Bahia faz parte de uma estratégia nacional pela aprovação da PEC 300/2008, que estabelece piso nacional de R$ 3.500 para a PM. Um soldado da Bahia, segundo Humberto, ganha entre R$ 1.900 e R$ 2.300. Os próximos estados que enfrentarão greves são Alagoas, Rio de Janeiro, Acre e Espírito Santo, revelou ainda. Por isso, ele defendeu uma união suprapartidária, para que a Bahia, e talvez outro estado, posteriormente, consiga resolver o problema.
Da Redação / Agência Senado
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