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terça-feira, 20 de março de 2012

Pedro Simon apoia CPI e pede empenho de Dilma no combate à corrupção na saúde

A criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar desvios de recursos destinados à saúde pública tem o apoio do senador Pedro Simon (PMDB-RS). Em pronunciamento nesta terça-feira (20), em Plenário, Simon pediu que a presidente da República, Dilma Rousseff, se empenhe para moralizar o setor da saúde.
- Levantamentos feitos dizem que a corrupção no Brasil desvia cerca de R$ 100 bilhões por ano. Cem bilhões de reais! Com a saúde a gente não gasta oitenta. Imaginaram os senhores se a presidente Dilma iniciar uma campanha no sentido da ética nesse setor? Que belo trabalho ela pode fazer – pediu Simon.
O senador mencionou reportagem veiculada no último domingo (18), pela Rede Globo, que mostra a tentativa de corrupção por parte de empresas fornecedoras do Hospital de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para a Simon, o que mostrado na TV é o “retrato do que está acontecendo no Brasil” quanto à corrupção nos hospitais.
- A nossa luta para restabelecer a democracia só avançou para valer quando os jovens foram para a rua. Mas os jovens foram para a rua quando a imprensa começou a aceitar a nossa campanha. Tem sido assim ao longo do tempo – disse Pedro Simon, que também registrou o apoio popular e o papel da imprensa em apoio ao movimento pela Lei da Ficha Limpa.
O parlamentar, apesar de apoiar a criação da CPI da Saúde, lamentou a falta de resultado das CPIs anteriores: em seu ponto de vista, há muito o Congresso perdeu a credibilidade para a apuração de irregularidades. Simon lembrou das CPIs dos Cartões Corporativos e das Organizações Não Governamentais, que resultaram em “nada para o PSDB, nada para o PT”.
- Tenho medo de que, na comissão de inquérito, ser capaz de diretor de hospital ser demitido e jornalista ir para a cadeia – ironizou, referindo-se mais uma vez à denúncia da Rede Globo, que mostra a tentativa de empresários de corromper o diretor de compras do hospital, substituído pelo jornalista que fazia a reportagem.
Pedro Simon declarou confiar na seriedade da presidente Dilma Rousseff, esperando que as irregularidades mostradas na televisão levem a atitudes moralizadoras.
Roberto Requião (PMDB-PR) manifestou apoio à CPI, deixando claro que não é uma CPI contra o governo federal, mas contra esquemas que funcionam há décadas. Para ele, porém, se Dilma agir com rigor, a CPI será desnecessária.
Agência Senado

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