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domingo, 18 de setembro de 2011

Nos últimos capítulos de 'Cordel encantado', Açucena e Jesuíno serão felizes para sempre e os vilões, castigados

RIO - Todo mundo sabia que isso um dia iria acontecer, mas ninguém, na verdade, estava preparado: na próxima sexta-feira, chega ao fim "Cordel encantado". A novela, que conquistou o público no horário das seis - ao longo dos últimos meses, registrou média de 30 pontos, com 55% de share -, ainda reserva aos telespectadores muita emoção. Segundo as autoras Thelma Guedes e Duca Rachid, o último capítulo vem repleto de surpresas. E, claro, cheio de finais felizes, para deleite de quem está em casa. 

- Vamos ter alguns casamentos e personagens grávidas - adianta Duca. 

Os românticos podem começar a suspirar: depois de tantos percalços, o casal Jesuíno (Cauã Reymond) e Açucena (Bianca Bin) terminará junto. Os dois vão se casar e a mocinha ficará grávida. No entanto, as autoras ainda fazem mistério quanto ao destino dos pombinhos: no cangaço ou no palácio. 

No caso de Herculano (Domingos Montagner), que passou a história dividido entre a mulher, Benvinda (Claudia Ohana), e a malvada Úrsula (Débora Bloch), finalmente, vai optar pelo amor da mãe de seu filho. Já o destino da duquesa é mantido em segredo pelas autoras.
A felicidade também está garantida para outros casais. Vamos à lista: Dora (Nathalia Dill) e Felipe (Jayme Matarazzo) ficam juntos, assim como Inácio (Maurício Destri) e Antonia (Luiza Valdetaro), Bel (João Miguel) e Penélope (Paula Burlamaqui). Para Neusa (Heloisa Périssé) e Quiquiqui (Marcelo Novaes) também está prevista a chegada de um filho. Quanto ao delegado Batoré, vivido por Osmar Prado, ele fica mesmo com a rainha Helena (Mariana Lima), de quem se aproximou no decorrer da trama. Já o rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) e Maria Cesária (Lucy Ramos) voltarão para Seráfia. Segundo Duca, é um desejo do público ver a cozinheira no poder. 

Mas o que será feito de Florinda (Emanuelle Araújo)? Depois de ficar em dúvida se devia viver o polêmico romance com Petrus (Felipe Camargo) ou seguir a vontade dos filhos e voltar para o marido, Zenóbio (Guilherme Fontes), ela acaba priorizando a família. Quanto a Petrus, ele ficará com Filó (Flávia Rubim).
Já o mulherengo Farid (Mouhamed Harfouch) vai deixar de lado as investidas de Vicentina Celeste (Mayana Neiva) e será feliz ao lado de Bartira (Andréia Horta), que perdoa a infidelidade do marido ao ouvi-lo dizer à atriz de cinema que ela - Bartira - é o amor de sua vida. O polígamo, inclusive, dá um basta na vida de caixeiro-viajante e abre um salão em Brogodó, onde vai trabalhar ao lado da mulher. 

- Acho que a Bartira sempre se colocou como aquela que mais amava o Farid - afirma Mouhamed, satisfeito com o desfecho de seu personagem. 

A dissimulada Lilica (Nanda Costa), por sua vez, acaba se safando do castigo e se dá bem. A ela está reservado o coração de Tomás (Gillray Coutinho). Enquanto isso, o vilão Timóteo (Bruno Gagliasso) pagará por tudo o que fez ao longo do folhetim. Mas, antes de ter um castigo à altura de suas maldades, ele ainda vai aprontar para cima de Carlota (Luana Martau), que dá à luz um filho do coronelzinho. O menino será criado por Fausto (Renato Góes) e o trio formará uma família feliz. Já de Timóteo não se pode dizer o mesmo... 

- Ele terá talvez o único final possível - avisa Duca.
E o arrependimento não será suficiente para o general Baldini (Emilio de Melo) receber um perdão. Ele irá para Seráfia, onde vai ser julgado, principalmente por ter ajudado Úrsula a manter Petrus na masmorra, preso a uma máscara de ferro. 

Para Thelma, tantos elogios colecionados ao longo da novela são o resultado de uma boa parceria com a diretora, Amora Mautner, e a equipe de produção. Além disso, a autora sabe que as tramas de época e os enredos açucarados fazem sucesso no horário das seis:
- Através de pesquisas, nós conseguimos saber o que o público gosta de ver e nosso objetivo foi passar um momento de sonho. 

Já Amora observa que o universo inventado no folhetim e a entrega dos atores foram fundamentais para o êxito. Para a diretora, a forma como a história é contada - de um jeito em que todas as tramas coexistem - ajudou a evitar as "barrigas" e o consequente desinteresse.
- É uma novela realista com um tom de conto de fadas - explica ela, tecendo elogios às escritoras: - Já dirigi 13 tramas e nunca li um texto tão bom. Thelma e Duca são as melhores que há.

O Globo

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