A eliminação do Flamengo da Copa Libertadores e do Campeonato Carioca, com direito a virada do Vasco no último domingo, doeu no coração dos seus torcedores, mas doerá ainda mais no bolso do vice-presidente de finanças, Michel Levy, e da presidente do clube, Patrícia Amorim.
Como só voltará a atuar no dia 20 de maio, na estreia do Campeonato Brasileiro, o time da Gávea não arrecadará com bilheterias, prêmios por desempenho nos torneios e vê mais distante um possível acordo pelo patrocinador master, já que terá sua exposição reduzida na mídia.
Caso tivesse avançado à final da Taça Rio, o Flamengo garantiria no mínimo mais R$ 250 mil de premiação paga pela Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro), além de parte da receita da final do segundo turno. Na decisão da Taça Guanabara, Fluminense e Vasco levaram mais de R$ 200 mil livres de impostos com a bilheteria da decisão.
Em caso de vitória nas finais da Taça Rio e do Campeonato Carioca, contra o Fluminense, a fatia do bolo poderia ficar ainda mais gorda, com o Flamengo podendo chegar a R$ 2,5 milhões em prêmios e receitas do espetáculo.
A situação é ainda mais preocupante quando o gasto com o elenco é colocado na ponta do lápis. Por um mês praticamente sem partidas, apenas com treinamentos, o Flamengo gastará cerca de R$ 7,8 milhões com o salário de todos os jogadores e da comissão técnica, além de encargos trabalhistas, valor considerado excessivo e que tem tirado o sono de diretores do clube.
O acordo para um patrocinador master, que poderia amenizar os custos com o time 'parado', também parece longe de acontecer. As negociações com a montadora de automóveis sul-coreana Hyundai, que eram intermediados ela 9ine, empresa da qual Ronaldo é sócio, não avançaram.
O Flamengo também abandonou uma negociação com a Adidas para troca de fornecedora de material esportivo, irritando Assis, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho. Com os salários atrasados, o jogador pode até deixar o Flamengo, que já foi cobrado formalmente por Assis.
Renan Rodrigues, iG Rio de Janeiro
Renan Rodrigues, iG Rio de Janeiro
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