A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (24) que alguns de seus países-membros estão colocando suas forças de prontidão e reforçando as nações aliadas do Leste europeu, próximo às fronteiras russas, com o envio de mais navios e caças-bombardeiros.
O Kremlin reagiu afirmando que as ações militares intensificam as tensões em relação à Ucrânia, e classificou o comportamento das potências ocidentais como “uma histeria repleta de mentiras”. O anúncio da Otan é visto como uma tentativa de demonstrar união entre seus membros, retomar a iniciativa e impedir que Moscou continue a ditar o ritmo dos acontecimentos.
Os deslocamentos de forças da Otan vêm quando os países da aliança expressam temores crescentes de uma potencial intervenção militar russa na Ucrânia, depois que Moscou concentrou cerca de 100 mil soldados perto de sua fronteira com a ex-república soviética, no final de 2021.
Militares e equipamentos russos também estão chegando à vizinha Bielorrússia para exercícios planejados para o próximo mês, e os EUA e outros países da Otan acusam o Kremlin de pretender usar os exercícios para intimidar seus países-membros na fronteira ocidental da Bielorrússia, como a Polônia e os países bálticos.
Em comunicado, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a “Otan continuará a tomar todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os aliados, inclusive reforçando a parte oriental da aliança”.
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