As Forças Armadas da China anunciaram hoje (8) novos exercícios militares nos mares e no espaço aéreo ao redor de Taiwan. O anúncio foi feito um dia após o término de seus maiores exercícios para protestar contra a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipé, na semana passada.
O comando do Teatro Oriental da China disse que fará exercícios conjuntos com foco em operações antissubmarino e de ataque marítimo, confirmando os temores de analistas de segurança e diplomatas de que Pequim continuará a manter pressão sobre as defesas de Taiwan.
O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan condenou a medida, afirmando que a China cria crises deliberadamente, e exigiu que Pequim interrompa suas ações militares e "se afaste do limite".
"Diante da intimidação militar criada pela China, Taiwan não terá medo nem recuará, e defenderá com mais firmeza sua soberania, segurança nacional e modo de vida livre e democrático", disse o ministério em comunicado.
A visita de Pelosi a Taiwan na semana passada enfureceu a China - que considera a ilha autogovernada como seu território - que respondeu com lançamentos de teste de mísseis balísticos na região pela primeira vez, além de abandonar algumas linhas de diálogo com Washington.
A duração e a localização precisa dos exercícios mais recentes ainda não são conhecidas, mas Taiwan já diminuiu as restrições de voo perto das seis áreas de exercícios chineses anteriores ao redor da ilha.
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