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sábado, 23 de abril de 2022

Viradouro, Mangueira e Beija-Flor são destaques do 1º dia do Grupo Especial do carnaval do Rio


Viradouro, Mangueira e Beija-Flor foram os destaques do primeiro dia do Grupo Especial do carnaval do Rio, que terminou na madrugada deste sábado (23).

O retorno das escolas à Sapucaí, após dois anos de pausa devido à pandemia da Covid-19, foi marcado por desfiles com clima retrô e homenagens ao carnaval.

Imperatriz e Mangueira cantaram sobre a própria história. Também nostálgica, a Viradouro reviveu o carnaval de 1919, o primeiro após a pandemia da gripe espanhola.

Salgueiro e Beija-flor se dedicaram a temas parecidos, com enredos sobre negritude, mostrando o carnaval como uma festa de resistência. A escola com temática mais diferente foi a São Clemente, celebrando Paulo Gustavo, humorista morto por Covid em maio de 2021.

Neste sábado (23), a partir das 22h, Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel desfilam.

A Imperatriz Leopoldinense foi a primeira da noite com a volta da carnavalesca Rosa Magalhães. A escola homenageou Arlindo Rodrigues (1931-1987), carnavalesco que levou a Imperatriz ao primeiro de seus oito campeonatos, em 1980. A rainha da bateria foi a cantora Iza, no segundo ano dela no posto e com um look cheio de penas sintéticas verde e amarelas. Leia mais sobre o desfile da Imperatriz.

Mangueira

A Mangueira homenageou três ilustres mangueirenses Cartola, Jamelão e Delegado. A escola passou pela Sapucaí cheia de histórias da própria escola e da tradição do carnaval - desde o início, que resgatou as antigas comissões de frente, com representações dos três artistas e uma troca de roupa instantânea que encantou o público. Leia mais sobre o desfile da Mangueira.

Salgueiro
O Salgueiro falou de resistência e de negritude em busca do décimo título de sua história. A rainha de bateria Viviane Araújo veio à frente dos ritmistas mostrando a barriga de cinco meses de gravidez. Personagens negros e negras foram lembrados, como Mercedes Baptista (1921-2014), pioneira bailarina negra, interpretada pela também bailaria Ingrid Silva. Leia mais sobre o desfile do Salgueiro.

São Clemente

A São Clemente incorporou o espírito livre e brincalhão de Paulo Gustavo em homenagem ao humorista. A mãe do ator, Déa Lucia, e o viúvo, Thales Bretas, participaram. Eles se abraçaram em um encontro emocionante. Também estiveram lá o pai, Júlio Márcio, e a irmã, Ju Amaral. Amigos humoristas como Marcelo Adnet, Fábio Porchat e Marcos Veras e vários outros participaram do desfile. Leia mais sobre o desfile da São Clemente.

Viradouro

A Viradouro traçou um paralelo entre o carnaval de 1919, com os cariocas na rua para comemorar o fim da gripe espanhola, e o carnaval de 2022, o primeiro após a pandemia da Covid-19. A atual campeã fez um desfile retrô com fantasias e carros cheios de brilhos. O carro abre-alas relembrou carnavais pomposos, com influência francesa, em noite que também teve estreia da rainha de bateria Erika Januza. Leia mais sobre o desfile da Viradouro.

Beija-Flor
A Beija-Flor mostrou a história sob a ótica do povo negro e dos seus intelectuais. O enredo "Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor" exaltou a luta, o trabalho, a fé e as artes dos negros na história e na origem da própria escola. O desfile luxuoso mostrou a contribuição cultural e artística dos povos africanos para a humanidade, com menções à filosofia egípcia, matemática, religião, astronomia e outros pilares do pensamento negro. Leia mais sobre o desfile da Beija-Flor.

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