Foto: Magnus Nascimento
Professores da rede municipal de Natal ocuparam nesta terça-feira (26) o prédio da Secretaria Municipal de Educação (SME), com o objetivo de falar com a secretária Cristina Diniz. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte), ninguém da pasta apareceu até por volta das 14h desta terça. E eles foram avisados, pela Guarda Municipal, que foi acionada e está no local, que os professores não serão recebidos.
De acordo com Bruno Vital, coordenador do Sinte, a categoria permanecerá no prédio pelo resto do dia. “Ela [a secretária] está dizendo que não vai nos receber, mas vamos permanecer aqui, no aguardo”, explica.
A greve, que teve início no dia 28 de março, acontece pela reivindicação do reajuste de 33,24% do piso salarial da categoria.
No último dia 8, uma decisão judicial acatou o pedido da Prefeitura e determinou a retomada das aulas da rede municipal, assim como o desconto dos salários dos professores que participaram da greve e uma multa de até R$ 100 mil aos dirigentes do sindicato. A justificativa do desembargador Virgílio Macedo era de que a greve se configurava como ilegal e representava risco para os estudantes da capital.
De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Educação (SME), como não há nenhum compromisso agendado com os professores para hoje, a secretária não vai receber a categoria. Também não houve a certeza se uma reunião será de fato marcada para os próximos dias.
A SME disse ainda que, com a ocupação do prédio da pasta, os professores descumprem de outra forma a decisão judicial do dia 8 de abril, pela aproximação a menos de 1 km do bem público.
“Abster de tumultuar a prestação dos serviços em todas as unidades circunscritas ao âmbito do Município do Natal, de bloquear o acesso às respectivas unidades e de constranger servidores que não participem do movimento, fixando a distância mínima de 1000 (mil metros) em relação aos bens afetados ao serviço público municipal, quando da realização de eventuais manifestações, no intuito de proteger o acesso, a prestação e continuidade dos serviços”, diz o trecho da decisão judicial.
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