O ex-senador e presidente estadual do União Brasil, José Agripino Maia, concedeu entrevista ao Jornal da Tropical desta sexta-feira (15) e falou sobre o cenário político no Rio Grande do Norte e no país, após a escolha de Luciano Bivar como o nome do partido para a eleição de 2022. O político destacou seu nome de apoio para o governo do estado e negou qualquer aliança com o PT.
Maia revelou que vai insistir para que o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, seja candidato ao Executivo potiguar. Ele explicou os motivos pela escolha do peessedebista para o governo estadual.
"Eu pretendo ganhar a eleição com um candidato de centro. Qual era o candidato que estava encaminhando e eu não desisti? Ezequiel foi pré-candidato. Não conversou comigo. Até porque eu não precisarei conversar com ninguém para apoiar uma candidatura de centro em que eu confie. De repente manifesta-se a desistência. Eu vou insistir para que ele seja candidato. Eu voto nele e apoio ele", declarou à apresentadora Margot Ferreira.
"Tenho certeza que os companheiros do União Brasil votam nele e apoiam ele. Acho que ele precisa repensar. Em função dos interesses do estado e da unanimidade que se construiu em torno dele, ele precisa voltar a ser candidato. Ele ganha a eleição, contará com meu apoio e aquilo que eu puder fazer pelo RN com os deputados que viemos a eleger e com um governador amigo, ele contará comigo", completou a fala em apoio a Ezequiel Ferreira.
Ainda no cenário político estadual, José Agripino Maia rechaçou qualquer possibilidade de apoio ao PT, que atualmente detém a liderança do Executivo com a governadora Fátima Bezerra.
"Estão falando muito que José Agripino 'lulou', que 'está com o PT'". A hipótese de eu estar perto do PT é nenhuma. A formação programática do PT, no plano local ou nacional, é frontalmente divergente da formulação programática de José Agripino. Eu jamais poderia, até pelas lutas que eu tive, estar ao lado do PT. Não é por indisposição pessoal. Eu sou um politico civilizado. Eu recebo a governadora, o candidato do solidariedade. Esqueça essa história de que José Agripino vai caminhar ao lado do PT. Por uma razão simples: nos separam formulação programática e ideológica", assegurou.
A expectativa de José Agripino é que o União Brasil conquiste pelo menos duas vagas na Câmara dos Deputados e três cadeiras na Assembleia Lesgislativa do RN. "Vamos fazer dois deputados federais. É muito difícil não fazer. E três estaduais, pelo menos. É um número ousado, mas plenamente factível. Temos vários candidatos. Contamos com cinco mulheres, além de outros nomes, como Paulinho Freire, Leonardo Rego, Benes Leocádio. São candidatos de grande categoria e que vão puxar nossa nominata com vontade", completou.
Luciano Bivar e Sérgio Moro
Na entrevista, Maia falou ainda sobre a escolhar de Luciano Bivar como o nome do partida para o pleito presidencial. Segundo ele, a definição partiu para não repetir problemas de outros partidos da terceira via, como PSDB e MDB.
"O Brasil assistiu ao entendimento do MDB, PSDB, União Brasil para no dia 18 de maio encontrar um candidato de consenso. O que a gente tem assistido? O MDB, da Bahia ao Maranhão, rendeu homenagens ao ex-presidente Lula. Então, a candidata Simone Tebet ficou mal na fotografia. O PSDB vive dilema entre João Doria e Eduardo Leite. Então, antes que o partido se visse envolvido numa trama que não pode responder, nós resolvemos tomar uma iniciativa. E quem se apresentou foi Luciano Bivar, que já foi candidato em outro momento", frisou.
A decisão fez com que o nome de Sérgio Moro fosse deixado de lado. Dessa forma, o ex-juiz deve se candidatar ao Senado ou à Câmara dos Deputados. O caminho é defendido por José Agripino como o melhor para quem está chegando na política.
"Moro é uma figura que muita gente do Brasil aplaude, mas nem todo mundo aplaude. Tem coisas a favor e contra. Moro foi juiz a vida inteira. Ser juiz, trabalha com sentenças. Ser presidente, trabalha com diálogo, com conversa, passa pelo congresso. Onde eu mais aprendi com política, foi no Congresso Nacional. Foi como líder. A grande escola da prática política é o Congresso. É a casa dos acordos, dos diálogos. Moro precisa passar e é bom que passe", opinou.
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