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terça-feira, 3 de maio de 2022

Água servida será filtrada e reutilizada na irrigação no interior do RN; entenda projeto

 

Os municípios de São Paulo do Potengi e Lajes estão finalizando a montagem dos primeiros sistemas de filtragem para o reuso das águas utilizadas em pias, chuveiros e tanques de roupa, chamadas de "água cinzas", em propriedades rurais da agricultura familiar.

O objetivo é viabilizar o reaproveitamento da água servida, após filtragem biológica, na irrigação. Além de São Paulo do Potengi e Lajes, serão contemplados nessa primeira fase os municípios de Alexandria, Alto do Rodrigues e Assu. Cada um dos cinco municípios atendidos com o projeto, terá oito sistemas implantados, com exceção de Lajes, que abrigará 12 sistemas. No total, serão beneficiadas 44 famílias rurais.

Em São Paulo do Potengi, o sistema já está praticamente finalizado em uma propriedade no assentamento Pedra Branca. Resta à equipe instalar o sistema de irrigação para concluir o trabalho.Já em Lajes, o sistema está sendo implantado no PA 03 de Agosto, onde 12 famílias serão contempladas para utilizarem a tecnologia do reaproveitamento de água nos seus quintais produtivos.

O projeto foi lançado em fevereiro deste ano pelo Governo do Estado, através da Emater-RN, e em parceria com a Fundação Banco do Brasil, Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Norte (Funcern) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

Foto: Emater/RN

O que são "águas cinzas"?

A tecnologia de reuso consiste em reaproveitar águas utilizadas em pias, chuveiros ou tanques de roupa, que passam por um filtro biológico, onde é feito um processo de decantação das impurezas. As águas saem próprias para nova utilização na irrigação de frutíferas, palma forrageira, capim, entre outros tipos, sem contaminantes, como o sabão ou detergente.

O reuso das águas cinzas ajuda ainda na redução da contaminação ambiental, evitando que durante seu descarte promovam o surgimento de “esgoto a céu aberto”, ao mesmo tempo em que aumenta a oferta de água na agricultura familiar.

A tecnologia social promoverá educação, cidadania, inclusão, acessibilidade, sustentabilidade, participação e geração de renda.

 

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