Em apoio às paralisações e greves de assistentes sociais e outros profissionais no Rio Grande do Norte, o Conselho Regional de Serviço Social do RN (CRESS-RN) emitiu uma nota denunciando que há um "sucateamento do serviço público e que este prejudica a saúde dos trabalhadores e a garantia de direitos fundamentais à população".
Entre as mobilizações acompanhadas pelo Conselho, estão a greve dos servidores municipais da Saúde de Parnamirim, que iniciou no dia 16 e foi suspensa até a próxima quarta-feira (30); a greve dos servidores da Saúde de Natal, com previsão de iniciar nos próximos dias, e a greve do INSS, que começou nesta semana.
Em Parnamirim, o movimento unificado conta também com outras categorias profissionais, reivindicando melhores condições de trabalho e segurança e denunciando a falta de materiais e a ausência de quantitativo mínimo de trabalhadores nos serviços.
Além disso, a categoria também cobra a correção dos equívocos na implantação da insalubridade, equiparação salarial e as progressões do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos.
"Em todo o RN, estamos acompanhando uma organização de luta de quem está vivenciando um desmonte das políticas sociais", afirma Angely Cunha, presidenta do CRESS-RN. "Estamos diante de um governo federal que destrói direitos".
Para a assistente social, as mobilizações são um avanço na organização da luta e no reconhecimento de classe por parte daqueles que estão na execução dos serviços à população. "Vemos o aumento do desemprego e da fome e a precarização do acesso aos itens básicos para sobrevivência", ressalta Angely. "Além disso, os trabalhadores estão no seu esgotamento físico e mental".
Greve na Previdência
Os servidores do INSS anunciaram, nesta quarta-feira (23), a greve da categoria, com uma pauta que reivindica o reajuste salarial de 19,99%, o arquivamento da PEC 32 (Reforma Administrativa) e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016 (Teto dos Gastos).
"O INSS é a instituição responsável por operacionalizar a política previdenciária, direito constitucional garantido e o principal meio de redistribuição de renda do país", reforça Angely.
"O atual modelo de gestão focado na produtividade, os cortes no orçamento, o desfalque no quadro de servidores, a precariedade das condições de trabalho e o desrespeito ao funcionalismo público constroem uma realidade perversa que prejudica toda a política previdenciária", critica.
"Além disso, geram impactos sociais incalculáveis, já que atrasam e dificultam o acesso dos cidadãos a um direito que interfere em sua condição objetiva de vida e de saúde", completa Angely.
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